Fonte: EFE
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A Petrobras confirmou nesta segunda-feira um acidente em dezembro em um dos blocos que explora na Bolívia, onde um número indeterminado de operários de uma contratista sofreu intoxicação por mercúrio.
No sábado passado, a informação sobre o acidente tornou-se pública, quando a imprensa boliviana informou que 20 operários da empresa Inesco estão hospitalizados na cidade de Santa Cruz de la Sierra com níveis de mercúrio no sangue superiores aos normais.
A Petrobras, que alega exigir das empresas que contrata as mesmas normas de segurança que aplica em suas operações, informou em comunicado que o acidente ocorreu durante uma atividade realizada por uma empresa contratada por ela no bloco petrolífero San Alberto.
A companhia brasileira acrescentou que exigiu da contratista atendimento médico adequado aos operários intoxicados.
A Petrobras assegurou em nota que "aplica normas e procedimentos operacionais de referência para garantir a execução das operações com segurança, conforme seu desempenho em níveis internacionais, exigências que estende prestadores".
"Desde que ocorreu o acidente e de forma permanente, a Petrobras Bolívia exigiu e faz acompanhamento sobre as medidas adotadas pelos prestadores de serviço com referência aos tratamentos médicos para cada um de seus empregados afetados", acrescenta o comunicado.
"Em sua atuação responsável, e com a preocupação pelas pessoas afetadas, Petrobras está concentrada para que a saúde dos trabalhadores seja restabelecida o mais em breve possível", conclui.
A empresa brasileira, no entanto, não se refere em sua nota às acusações da imprensa boliviana segundo as quais a intoxicação foi de responsabilidade da Petrobras.
"A nota só trata do acidente e das medidas adotadas. Petrobras não tem posição sobre a responsabilidade", disse um porta-voz da companhia petrolífera.
Segundo Inesco, o acidente teria ocorrido quando um grupo de operários esteve em um prédio da companhia brasileira com operação de gás no departamento de Tarija (sul da Bolívia) no qual haveria fuga de mercúrio para soldar o vazamento.
Os afetados apresentaram denúncia no Ministério do Trabalho e esperam que a Promotoria adote medidas como pedidos de indenização a Petrobras, a quem culpam pela intoxicação, segundo a imprensa boliviana.
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