segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mistério de chuva de fezes intriga cidade na França (Danuza Peixoto)

Daniela Fernandes

De Paris para a BBC Brasil Uma misteriosa "chuva" de excrementos intriga os habitantes do vilarejo de Saint-Pandelon, no sudoeste da França. Desde meados de maio, eles se queixam de "gotas" marrons que caem do céu, com cheiro e textura de matéria fecal.



O prefeito do vilarejo, Jean-Pierre Boiselle, afirmou que uma "chuva de cocô" passou a cair durante o dia e também à noite no município.



Se no início a história fazia os 750 habitantes da localidade sorrirem, eles passaram a ficar aterrorizados com a chuva de excrementos, que deixou partes da cidade com ar irrespirável.



As crianças não podem mais brincar fora de casa e os moradores hesitam em comer as frutas e legumes das hortas locais. Eles também não fazem mais churrascos ao ar livre nesse período de verão na Europa.



Teorias

As "gotas" marrons, quase do tamanho de uma unha do dedo mínimo, sujam os carros, móveis de jardim e as roupas secando nos varais.



A primeira hipótese levantada pelos moradores para explicar o fenômeno foi a de que aviões estariam despejando o conteúdo de seus banheiros sobre a região.



Mas isso seria impossível, afirmou a Direção Geral da Aviação Civil da França, acrescentando que "os aviões de linha são pressurizados e não é possível despejar o conteúdo de banheiros ou de nenhuma outra coisa".



Após investigações, a polícia militar francesa declarou que a "chuva" de fezes poderia ser causada por aves migratórias, da espécie conhecida como andorinhões, que se instalaram na região nesta estação.



"Esse pássaro tem a particularidade de voar o tempo todo e se alimentar em pleno voo. Por isso as fezes caem durante o dia e à noite", afirmou o capitão Michel Brethes, da polícia militar de Dax, nos arredores do vilarejo de Saint-Pandelon.



Exames

Um laboratório da região realizou neste mês pesquisas científicas com o material coletado e confirmou que as "gotas" que cairam do céu são excrementos de origem animal, mas não conseguiu solucionar totalmente o mistério.



"Nas amostras analisadas, não encontramos bactérias específicas das fezes humanas. Mas não podemos dizer a qual tipo de animal esses excrementos correspondem", afirmou Alain Mesplède, diretor do laboratório de análises científicas da região.



"Apenas confirmamos a presença de bactérias típicas a todas as espécies animais", diz o pesquisador. Sem saber ao certo se as fezes seriam realmente de pássaros, os moradores de Saint-Pandelon esperam que a "chuva" fedorenta não caia novamente em outras estações.

domingo, 29 de agosto de 2010

Umidade sobe para 27% em SP, mas cidade continua em estado de atenção (Danuza Peixoto)

Por volta das 17h30, a umidade em São Paulo estava em torno de 27% na estação Santana (zona norte), segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura. Com esse índice, a cidade continua no estado de atenção, decretado por volta das 15h, quando o índice chegou a 23%.





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A previsão é que até o começo da noite esse índice aumente, na medida em que a temperatura caia. Segundo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), durante todo o dia a umidade esteve mais elevada do que durante a semana, em função de uma frente fria que passa pelo oceano.



Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de alerta máximo ou emergência. Os principais efeitos da baixa umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios.



De acordo com o órgão, não há previsão de chuva para a semana. O resultado, para os próximo dias, é predomínio de ar seco, especialmente no período da tarde.



RECOMENDAÇÕES



Enquanto durar o tempo seco, a Defesa Civil recomenda que a população evite atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10h e as 17h, não pratique exercícios das 11h às 15h e aconselha a ingestão de bastantes líquidos para evitar desidratação.



O órgão alerta ainda que a baixa umidade aumenta as chances de incêndio em pastagens e florestas e pede às pessoas que não coloquem fogo em terrenos baldios e vegetação seca.